Sabe que chega uma hora em que nós cansamos, cansamos de tudo aquilo que nós mesmos inventamos.
Dos passeios, das pessoas, da musica e até dos filmes e livros, tudo o que se preza se torna um fardo. Inventar amor, inventar carinho, atenção, não é assim mais tão interessante. A sensação de vazio também é irritante, então nós sorrimos, sorrimos para que o movimento mecânico estimule o cérebro a "alegria". A parte mais triste do teatro é se apegar a alguem, pelo fato de ter medo de ser sozinho, o silêncio perturba, então nós buscamos encontrar alguem que nos compreenda, e mesmo que não compreenda, nós buscamos. Em meio a tudo isso, começa a ficar difícil separar as coisas, mas já é tão tarde, que a relutância de permanecer uma maquina é forte, e quando um dos parafusos sai do lugar e tudo desajusta, não sabemos mais o que pensar. Amor, carência ou medo Encanto, gracejo, obsessão, mania, sina, tanto faz todos eles remetem ao ponto, misturam-se, brincam qual aquarela, até viciar, e se tornar algo pastoso e sem vida.
Tudo isso pode ser apenas minha dor de cotovelo, saber que vou perder (o que não tenho) alguém que inexplicavelmente comecei a prezar em demasia, o encanto e tudo aquilo que já mencionei, uma maravilha que não é minha, se parece tanto com amor, com o amor que as pessoas tanto falam, que não sei bem o que pensar. Aquarela, pastosa e sem vida. Me aguarde jovem Werther, logo começo as minhas cartas, para quem ?
sábado, 30 de julho de 2011
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