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quarta-feira, 12 de maio de 2010

 

Seus olhos disseram que sua sede saciará, o gosto doce em seus labios marcavam o extase de minha alma, contemplada por seu suave beijo...
...Ainda com um sorriso travesso ela me ofereceu a eternidade, um presente aos fortes, receoso de merecimento, vislumbrei contemplar sua imagem para sempre entre minhas perspectivas turvas de um novo amanhã.
O medo dominou minha carne, o rubro esvaecido por sua sede não me subia as faces, teria escolha eu ?? A vida eterna poderia ser tambem perde-la para sempre, esperar por seu carinho, um orfão de sentimentos, em um mundo cruelmente deturpado, um mundo que saciaria a minha sede, saciaria a minha carne, e vomitaria em minha prole tudo que passaria, sem que eu a visse novamente.
A escolha sensata seria a morte em seus braços quentes pela minha essencia, acolhedores com a energia que pulsava em meu ser, contudo a covardia predomina na figura de um grande imortal, a memoria poderia me resgatar momentos com tamanha força, aonde eu poderia me esconder durante os invernos que aterrorizariam meu coração sangrento.
Por fim, sem uma escolha sensata, ela debruçou sobre mim e me deu o nectar do qual ela se abastecia, o fulgor que dentro dela pulsava, suguei com desdem, o resto de dignidade se esvaindo com o pouco de compreensão humana que ainda havia dentro de mim...

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